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sábado, 13 de junho de 2009

Airbags obrigatórios em 2014

Brasília, 1º de junho de 2009

Anualmente, o Sistema Único de Saúde gasta R$ 5 bilhões apenas com vítimas de acidentes de trânsito, informa o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Segundo o Ministério da Saúde, 35 mil pessoas morrem todos os anos em virtude desses acidentes. Em 2004, as colisões frontais mataram 1.508 pessoas, apenas nas rodovias federais. Estatísticas que posicionam o país entre os piores do mundo no ranking da violência no trânsito.
A Lei 11.910/2009, já regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da Resolução 311, pode diminuir esses números. O dispositivo legal obriga que, até 2014, todos os automóveis zero quilômetro, de até 9 assentos, produzidos no país ou importados, tenham o airbag frontal para motorista e passageiro, como item de série.

A indústria nacional prepara-se para aproveitar essa oportunidade de negócio. Atualmente, apenas três empresas comercializam o airbag no país. Nivaldo Siqueira, gerente de desenvolvimento de negócios da TRW, empresa multinacional que fornece airbags para veículos da Citroen, Fiat e Renault, informa que já foi aprovada uma linha de investimento de R$ 15 milhões para que a fábrica de Limeira (SP) comece a montar os airbags no Brasil, já em 2010.

“Serão airbags made in Brazil, mas toda a tecnologia será importada da planta europeia. Agora, os componentes, com exceção do gerador de gás, serão fabricados no país”, informa Siqueira.

O airbag é composto, basicamente, pela sacola, pelo gerador de gás (inflator – que armazena nitrogênio), carcaça, fixadores e o tecido. Deve ser sempre utilizado com o cinto de segurança, que já é obrigatório segundo o Código Brasileiro de Trânsito.

Patenteado nos EUA, em 1952, e na Alemanha, em 1953, e instalado pela primeira vez como item adicional de segurança em dezembro de 1980, no Mercedes-Benz Classe S, o airbag dispara em colisões a partir de 20 Km/h. Para o acionamento é necessário que dois fatores se combinem: a desaceleração (aferida pelo sensor de gravidade) e a deformação no chassi (detectada por outros sensores). Segundo o Instituto de Segurança de Trânsito dos EUA, o airbag diminui em 59% o risco de ferimentos nos acidentes.

“Em colisões traseiras, não há o acionamento, pois não há benefício para o condutor. Além de gerar um custo extra de recarregar o dispositivo”, informa Siqueira.

A resolução do Contran define o cronograma de implementação do airbag: 8% dos veículos em produção em 1º de janeiro de 2010; 15% em 2011; 30% em 2012; 60% em 2013; até os 100% em 1º de janeiro de 2014. Para novos projetos de veículos, registrados junto ao Denatran, 100% deles já devem ser produzidos com o airbag até 1º de janeiro de 2013.

Recomendações

Para que não haja danos ao motorista no momento da expansão do airbag, alguns cuidados devem ser tomados:

1. Manter uma distância de pelo menos 25 centímetros entre o volante e o rosto do motorista.

2. Não cruzar as mãos sobre o volante, pois, na hipótese de o motorista portar relógio de pulso, o mesmo poderá machucá-lo.

3. Não deixar que o passageiro apóie suas pernas sobre o painel (fato extremamente comum em viagens de média e longa distâncias).

4. Dirigir sempre na posição 9h10.

A Lei é considerada por muitos especialistas um avanço, mas muitos a consideram incompleta já que ônibus e caminhões não são abrangidos por ela. Apenas veículos com até 8 assentos, além do assento do motorista, e que tenham massa não superior a 3,5 toneladas estão incluídos na legislação do airbag obrigatório. Em 2004, ônibus e caminhões foram 30% dos veículos que se envolveram em acidentes em rodovias federais. Automóveis e caminhonetes foram 53,4%.

Mais:
Conheça a Lei 11910
Veja a Resolução 311 do Contran

Thiago Tibúrcio
Assessoria de Comunicação do Confea

Fonte: http://www.confea.org.br/

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"Na busca da sabedoria, o primeiro estágio é calar, o segundo ouvir, o terceiro memorizar, o quarto praticar, o quinto ensinar."Rabi Salomon Ibn Gabirol (Século XI; Espanha)

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