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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Tradição da Árvore de Natal


Natal todos os dias - Árvore de Natal

Antecedentes

A Árvore de Natal é um pinheiro ou abeto, enfeitado e iluminado, especialmente nas casas particulares, na noite de Natal.

A tradição da Árvore de Natal tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.

Os romanos enfeitavam árvores em honra de Saturno, deus da agricultura, mais ou menos na mesma época em que hoje preparamos a Árvore de Natal. Os egípcios traziam galhos verdes de palmeiras para dentro de suas casa no dia mais curto do ano (que é em Dezembro), como símbolo de triunfo da vida sobre a morte. Nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.

Segundo a tradição, S. Bonifácio, no século VII, pregava na Turíngia (uma região da Alemanha) e usava o perfil triangular dos abetos com símbolo da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Assim, o carvalho, até então considerado como símbolo divino, foi substituído pelo triangular abeto.

Na Europa Central, no século XII, penduravam-se árvores com o ápice para baixo em resultado da mesma simbologia triangular da Santíssima Trindade.

Início


Árvore de Natal como hoje a conhecemos

A primeira referência a uma “Árvore de Natal” surgiu no século XVI e foi nesta altura que ela se vulgarizou na Europa Central, há notícias de árvores de Natal na Lituânia em 1510.

Diz-se que foi Lutero (1483-1546), autor da reforma protestante, que após um passeio, pela floresta no Inverno, numa noite de céu limpo e de estrelas brilhantes trouxe essa imagem à família sob a forma de Árvore de Natal, com uma estrela brilhante no topo e decorada com velas, isto porque para ele o céu devia ter estado assim no dia do nascimento do Menino Jesus.

O costume começou a enraizar-se. Na Alemanha, as famílias, ricas e pobres, decoravam as suas árvores com frutos, doces e flores de papel (as flores vermelhas representavam o conhecimento e as brancas representavam a inocência). Isto permitiu que surgisse uma indústria de decorações de Natal, em que a Turíngia se especializou.

No início do século XVII, a Grã-Bretanha começou a importar da Alemanha a tradição da Árvore de Natal pelas mãos dos monarcas de Hannover. Contudo a tradição só se consolidou nas Ilhas Britânicas após a publicação pela “Illustrated London News”, de uma imagem da Rainha Vitória e Alberto com os seus filhos, junto à Árvore de Natal no castelo de Windsor, no Natal de 1846.


Esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA aquando da guerra da independência pelas mãos dos soldados alemães. A tradição não se consolidou uniformemente dada a divergência de povos e culturas. Contudo, em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição mantém-se desde 1923.

Árvore de Natal em Portugal

Como o uso da árvore de Natal tem origem pagã, este predomina nos países nórdicos e no mundo anglo-saxónico. Nos países católicos, como Portugal, a tradição da árvore de Natal foi surgindo pouco a pouco ao lado dos já tradicionais presépios.

Contudo, em Portugal, a aceitação da Árvore de Natal é recente quando comparada com os restantes países. Assim, entre nós, o presépio foi durante muito tempo a única decoração de Natal.

Até aos anos 50, a Árvore de Natal era até algo mal visto nas cidades e nos campos era pura e simplesmente ignorada. Contudo, hoje em dia, a Árvore de Natal já faz parte da tradição natalícia portuguesa e já todos se renderam aos Pinheirinhos de Natal!



http://natalnatal.no.sapo.pt/pag_simbolos/arvore_natal.htm

4 comentários:

  1. Olá, maravilhosa explicação. Eu já tinha lido textos sobre a árvore de natal. Gostei muito deste.

    Abraços.

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  2. Deusa,

    Gostaria que esta Época Natalícia fosse marcada pela Paz e Saúde, no seio da tua família e no Mundo. Desejo que em 2010 a humanidade possa tomar consciência, de que o nosso Planeta precisa de ajuda para superar a Fome, a Guerra, a Desigualdade, a Flora e a Fauna.

    Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

    Beijos
    Luísa

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  3. Olá querida amiga,

    Excelente sua publicação. Parabéns!
    Já havia lido a repeito, muito tempo atrás e se me perguntassem, não saberia responder. Gostei de relembrar. Informação bem oportuna.
    Carinhoso e fraterno abraço,
    Lilian

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  4. Bela explicação.
    Não conhecia a história completa.

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"Na busca da sabedoria, o primeiro estágio é calar, o segundo ouvir, o terceiro memorizar, o quarto praticar, o quinto ensinar."Rabi Salomon Ibn Gabirol (Século XI; Espanha)

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