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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Beber, cair e levantar - Das frutas ao álcool sólido

REVISTA SUPERINTERESSANTE

por Texto Bruno Garattoni

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No século 16, a Inglaterra tinha 16 mil bares o equivalente a 1 bar para cada 187 habitantes hoje, existe apenas 1 bar para cada 529 pessoas

No mundo, cada pessoa consome em média 5 litros de álcool puro por ano o equivalente a 125 l de cerveja 45 l de vinho 12,5 l de vodca

A Declaração de Independência dos EUA, no século 18, foi escrita num bar

Os países onde mais se bebe são: República Checa (cerveja) França (vinho) Moldávia (vodca e destilados)

Hitler odiava bebida e queria acabar com os alcoólatras. milhares deles foram esterilizados durante a 2a Guerra Mundial



Beber, cair e levantar
Das frutas ao álcool sólido, as várias maneiras de encher a cara através dos tempos
Macacos 40 milhões a.C.



Há indícios de que nossos antepassados se deliciavam comendo frutas “estragadas” – que, graças à fermentação natural, tinham 5% de álcool.

Pré-história 8000-4000 a.C.

Pessoas do norte da China inventam uma bebida alcoólica feita de arroz. E os sumérios, na Mesopotâmia, criam a cerveja – bem como uma deusa (Ninkasi) para homenageá-la.

Egito 3400-3100 a.C.

Os egípcios montam a primeira cervejaria do mundo. E o povão aproveita: os trabalhadores que fizeram as pirâmides de Gizé bebiam todos os dias.

Grécia 700 a.C.

Os gregos bebem vinho diluído com água (a bebida pura é considerada forte demais). Para curar a ressaca, a grande pedida é comer repolho cozido.

Império romano 270 a.C.

Os soldados se fingem de bonzinhos e oferecem vinho para os povoados que encontram. Quando os inimigos estão bêbados, os romanos os matam.

Hunos 446

Liderados pelo temível Átila, invadem territórios romanos e destroem as vinícolas – sua bebida preferida é o kumis, leite fermentado com 2% de álcool.

Islâmicos 620

A religião restringe o consumo de álcool. Mas os cientistas do mundo islâmico inventam o alambique, que é usado até hoje para fazer bebidas destiladas.

Vikings 850

Espalham o terror na Europa – sempre bebendo uma cerveja escura, doce e bem forte, que tinha aproximadamente 9% de álcool (o dobro da comum).

Monges 1112

A Ordem dos Cistercianos monta uma vinícola em Borgonha, na França. Dá tão certo que eles viram uma multinacional do vinho, com mais de 250 monastérios.

Mesoamericanos séc. 16

Os astecas bebem o pulque, bebida produzida com folhas de agave – e só idosos podem tomar. Os incas preferem cerveja de milho, que dão até a crianças.

Brasileiros séc. 17

Os senhores de engenho começam a exportar cachaça – e os negros amotinados em quilombos aprendem a fabricá-la por conta própria.

Holandeses séc. 17

Inventam o gim, um destilado de cereais com altíssimo teor alcoólico (mais de 45%). A novidade gera uma explosão do alcoolismo na Europa.

Africanos séc. 17/18

Entre 1680 e 1713, senhores tribais trocam 60 mil escravos por bebida alcoólica – cada escravo é vendido por aproximadamente 86 litros de rum.

Rev. Industrial séc. 18/19

Fabricada com novas tecnologias e em grande escala, a bebida fica mais barata. A cerveja é produzida em enormes tonéis, com até 500 mil litros de capacidade.

Russos séc. 20

Inventam uma pílula que permite beber sem ficar bêbado. A idéia era usá-la na Guerra Fria (para que os espiões russos levassem vantagem). Não funcionou.

Ingleses 2004

Lançam uma máquina que permite inalar o álcool em vez de bebê-lo, o que supostamente evita a ressaca e faz o bebum engordar menos.

Americanos 2008

Desenvolvem um processo revolucionário, que permite fabricar goró sólido – basta misturar com água e ele vira um drinque com 11% de álcool.


Para saber mais
Drink: A Cultural History of Alcohol

Iain Gately, Gotham Books, 2008.

Fonte:  http://super.abril.com.br/saude/dez-mil-anos-pileque-historia-bebida-447717.shtml

Um comentário:

  1. NOssa! Que histórico! Melhor é nunca beber, assim não entraremos na historia! kkkkkk

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"Na busca da sabedoria, o primeiro estágio é calar, o segundo ouvir, o terceiro memorizar, o quarto praticar, o quinto ensinar."Rabi Salomon Ibn Gabirol (Século XI; Espanha)

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