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domingo, 31 de maio de 2009

Facilidade na circulação de armas ilegais provoca alto índice de mortes na América Latina


COMÉRCIO DE ARMAS ILEGAIS NA AMÉRICA LATINA

Fernando Gualdoni e Javier Lafuente
Em Madri

Os recentes julgamentos contra dois dos mais conhecidos traficantes de armas, o russo Víktor Bout - aliás O Mercador da Morte - na Tailândia (pendente de extradição para os EUA para agosto) e o sírio Monser al Kassar (condenado em fevereiro a 30 anos de prisão em Nova York) revelaram como é simples colocar armas ilegalmente na América Latina, o papel crucial que desempenha a América Central, especialmente a Nicarágua, nesse negócio e a ameaça que representa o fato de um país como a Venezuela fabricar seus próprios fuzis e munições.

Para deter Bout e Al Kassar, a agência antidrogas americana alegou que ambos tentaram vender lança-mísseis portáteis terra-ar russos SAM para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A rota prevista para as duas operações era semelhante: as armas partiam da Romênia ou Bulgária e entravam pela Nicarágua. Do país centro-americano iam cair de paraquedas em território colombiano.

"Não há provas de que o governo de Ortega seja cúmplice do tráfico, mas sem dúvida o país tem enormes lacunas legais que facilitam o tráfico", diz Roberto Orozco, especialista nicaraguense do Instituto de Estudos Estratégicos e Políticas Públicas. "É verdade que não se pode afirmar que Manágua esteja diretamente envolvida, mas deve-se lembrar que Ortega deu abrigo a narcoterroristas das Farc", retruca o colombiano Alfredo Rangel, diretor da Fundação Segurança e Democracia em Bogotá.

Os portos nicaraguenses estão entre os maiores escoadores de armas da região, segundo fontes da Defesa dos EUA. "Especialmente o porto de Corinto", indica Orozco. "É o único de águas profundas e está controlado pelo exército e a polícia, que fazem vista grossa. Não há estatísticas confiáveis sobre a quantidade de barcos que atracam ali, mas não é preciso pensar em 20 ou 30; dois ou três bem carregados são suficientes para abastecer o mercado de milhares de armas", acrescenta.
Há mais de 80 milhões de armas ilegais na América Latina, segundo o Centro para a Informação de Defesa (CID) de Washington. Qualquer criminoso, até o mais imbecil, tem acesso a uma pistola e até um fuzil. Nem falar das narcoguerrilhas e do crime organizado; estes carregam lança-foguetes como qualquer espanhol leva um pão.

Os dados são brutais. O índice de homicídios - 140 mil por ano, segundo o Banco Mundial - é mais que o dobro da média mundial. Vários países têm um índice de crimes por 100 mil habitantes mais que alarmante: Brasil, 28; Colômbia, 65; El Salvador, 45; Guatemala, 50; Venezuela, 35. A violência também golpeia a economia latino-americana. O custo dessa praga é estimado em 14,2% do PIB regional, segundo o relatório "Crime e Violência no Desenvolvimento Social" do Banco Mundial.

Além disso, o tráfico ilícito de armas está cada vez mais estreitamente ligado ao narcotráfico. No Peru há alguns meses tocaram todos os alarmes quando o exército comprovou que os resquícios da guerrilha maoísta Sendero Luminoso, hoje dedicada à produção e venda de cocaína, tinha em seu poder lança-foguetes RPG-7, metralhadoras pesadas e fuzis Kalashnikov, todos de origem russa. O rearmamento senderista já custou a vida a cerca de 500 soldados peruanos em 12 meses.

No final de abril os senderistas tentaram derrubar um helicóptero em que viajava o comandante em chefe das Forças Armadas, general Francisco Contreras. O coronel Jorge de Lama estava no aparelho. "Dispararam contra nós duas granadas de RPG, mas por sorte caíram longe. Não creio que soubessem que nele ia o general Contreras, simplesmente apontaram para um helicóptero militar que estava em sua área", relata De Lama, referindo-se ao vale dos rios Apurimac e Ene, a inacessível área de Ayacucho onde o Sendero está desde sua criação nos anos 1980.

O exército peruano resiste a revelar as rotas de abastecimento de armas dos senderistas, mas não se atreve a negar que o porto amazônico de Iquitos é um buraco negro para a segurança do país. A esta cidade estavam destinados os 50 mil Kalashnikov que Vladimiro Montesinos, o sinistro ex-chefe do serviço secreto peruano no governo Fujimori, comprou na Jordânia. Mas 10 mil dessas armas acabaram nas mãos das Farc. O restante nunca foi entregue porque Amã deteve a operação.

Iquitos e a fronteira entre os países andinos e o Brasil, o golfo de Urabá, que une a Colômbia e o Panamá, a tríplice fronteira entre Paraguai, Brasil e Argentina - região onde o Hizbollah tem uma forte influência -, são alguns dos principais pontos de contrabando na região. A América Central e em especial Guatemala e Nicarágua adquiriram nos últimos anos especial relevância como porta de entrada dos carregamentos.

Rangel lembra que assim como a Nicarágua já é chave no comércio ilegal, a Venezuela desempenha um papel relevante. Como boa parte das armas que acabam no mercado negro procede da polícia e do exército - roubadas ou vendidas pelos próprios agentes ou militares -, há sérios temores de que parte dos 100 mil Kalashnikov que Caracas comprou da Rússia acabe nas mãos dos narcos. No entanto, o maior perigo, aponta Rangel, será constituído pela fábrica venezuelana sob licença de armas e munições russas.

Enquanto as armas abundam na região, as munições são escassas. O calibre 7.62 mm, usado pelos fuzis russos AK-103 adquiridos pela Venezuela, é o mais desejado pela região e especialmente pelas Farc, que ainda possuem pelo menos 5 mil armas que precisam dessa munição. Hoje se consegue no Peru e na Bolívia, mas em pequena quantidade. A fabricação desse calibre na Venezuela oferecerá às narcoguerrilhas uma fonte ilimitada de munições dentro do continente.

Fora os canais de tráfico de armas que remontam à época do auge das guerrilhas, nas décadas de 70 e 80 do século passado, se fortaleceram na região os controlados pelo crime organizado. Os intercâmbios de droga por armas que os cartéis da droga colombianos inauguraram em meados dos anos 90 com a máfia russa proliferaram. Assim como a cocaína sai da Colômbia, Peru e Bolívia para a Europa através da Venezuela, Equador e Brasil, as armas percorrem o mesmo caminho em sentido inverso.

Adelaida Vásquez e Carolina Gabea são testemunhas quase diárias desse tráfico. Ambas são fiscais de Ciudad del Este, a cidade paraguaia colada ao Brasil e à Argentina e um dos maiores focos de contrabando de armas na América do Sul e passagem do tráfico do Brasil para Peru e Colômbia. Têm uma queixa em comum: poucos recursos e o inimigo em casa. "A polícia nacional não só não nos ajuda como nos boicota. Temos um grupo de agentes especiais, mas são poucos diante de tanto crime", explica Vásquez, que sobre drogas e armas já viu de tudo. "Uma vez confiscamos uma metralhadora antiaérea de uns narcos... eu não podia acreditar", acrescenta. Vásquez é de Ciudad del Este, mas Gabea está na cidade há quatro anos e é de Assunção. "É perigoso ser legal e trabalhar aqui, mas se a pessoa se mantém limpa o narco não costuma se meter. Faz parte do jogo", diz Gabea.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

http://noticias.uol.com.br/elpais/2009/05/31

A Natureza Geminiana



:: Graziella Marraccini ::

O Sol está no signo de Gêmeos. Terceiro signo da roda zodiacal, pertence ao elemento AR e tem a qualidade mutável. Seu planeta regente é Mercúrio. Representamos o signo pelo numero II romano, para mostrar a sua natureza dupla e multiplicadora.
A curiosidade dos geminianos é notória e quem conhece um pouco de astrologia logo nota na vivacidade do olhar, nos gestos fáceis e ágeis, na vivacidade da expressão, uma pessoa que pertence a este signo. É verdade que basta ter o planeta Mercúrio em evidência no mapa natal, como possuí-lo no Ascendente ou em bom aspecto com o Sol, para expressar essa natureza geminiana.

O terceiro signo do zodíaco representa a fase da vida em que a criança começa a descobrir o mundo que a rodeia. Ela abre os olhos para algo que a atrai, um objeto, uma cor viva, um som, o sorriso da mãe. Assim, aos poucos, ela desenvolve os cinco sentidos. Aprende a reconhecer o sabor dos alimentos, estende os bracinhos para ser pega no colo, balbucia as primeiras sílabas e começa a dar os primeiros passos para descobrir algo que está muito além de seu bercinho. Por essa razão os pediatras e psicólogos aconselham os pais a oferecerem muitos estímulos ao bebê nos primeiros anos de vida! Um bebê sem estímulo terá poucas oportunidades para desenvolver todo o seu potencial intelectual e criativo. No entanto, o excesso de estímulo, como aquele que acontece atualmente em nossas grandes cidades onde temos acesso fácil à informação através dos meios de comunicação rápidos como a internet, onde existe um excesso de barulho ou de outdoors, pode ser prejudicial ao desenvolvimento equilibrado do cérebro da criança.

Uma criança que fique horas na frente da TV, ou jogando vídeogames não obterá uma motivação adequada e equilibrada e sofrerá prematuramente de estresse físico e mental. No entanto, é também verdade que o geminiano tem a habilidade natural para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, para assimilar facilmente conceitos e informações, prestar atenção na TV, na conversa na cozinha, no passarinho que voa lá fora e que ele vê rapidamente pela janela. Essa é a natureza geminiana. Porém, fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode significar não fazer nenhuma até o fim! Pois é, uma das coisas mais difíceis para o geminiano é manter-se focalizado num só assunto e segui-lo até o fim.

Os signos de ar são naturalmente intelectuais, porém o signo de Gêmeos é astrologicamente aquele que tem a natureza do 'vento primaveril', é o mais volátil de todos. Quem conhece um pouco as estações do hemisfério norte sabe a que me refiro. Na primavera, um dia faz calor e um dia faz frio, chove e faz sol no mesmo dia, e o vento (ah, esse vento brincalhão!) está sempre presente a levantar saias e despentear as cabeleiras, fazer voar os chapéus ou os panos estendidos! Aqui no hemisfério sul, este período corresponde ao outono que também é uma estação de mudança, e nos presenteia com dias frios e outros quentes, dias secos e outros úmidos e chuvosos, dias ventosos e instáveis!

Nada é estável neste mês de Gêmeos. A natureza geminiana não é estável. Eu costumo compará-la a uma bandeira esvoaçante ou a uma biruta de aeroporto, aquela que indica a direção do vento. Nos barcos à vela, coloca-se um pequeno fio colorido amarrado ao mastro para ajudar o marinheiro a reconhecer a direção do vento e, desta feita, armar a vela na boa direção e seguir o rumo. A energia deste mês pode ser benéfica ou maléfica, você escolhe como usá-la e conseguir seguir o seu rumo na direção certa. Se você souber canalizá-la poderá conseguir neste mês muito mais do que em todos os outros meses do ano! Poderá fazer contatos, adiantar projetos, tocar mais de um assunto ao mesmo tempo, tudo com extrema facilidade. No entanto, você também pode desperdiçar as energias, dispersando-as, como sementes ao vento ou até perdendo o rumo. Deste modo, não saberá se elas irão dar frutos. Você pode tocar várias coisas ao mesmo tempo, ler vários livros, iniciar vários projetos e... não terminar nenhum! Você estará desperdiçando suas energias e não usará corretamente a Luz que o Cosmos lhe fornece gratuitamente.

Lembremos que na mitologia greco-romana, Mercúrio era o mensageiro dos deuses. O mensageiro leva e traz informações. Faz comércio, compra e vende coisas, faz trocas. Mas como faremos tudo isso se não terminamos aquilo que começamos? Como podemos fazer nosso papel corretamente se deixamos inacabados nossos projetos? Eu costumo pensar que o desperdício é um pecado, pois priva os outros de algo que nós estamos jogando fora. Por essa razão, procuro sempre compartilhar, passar adiante um pouco daquilo que aprendo, assim como passo adiante aquilo que eu não uso mais. Se Deus me deu um dom não devo desperdiçá-lo. A natureza volátil de Gêmeos me parece, usando uma metáfora, como uma borboleta que vai de flor em flor, sugando o açúcar e ao mesmo tempo transportando o pólen fertilizador. Talvez ela não esteja consciente desse seu papel polinizador, mas Deus a dotou desse dom e ela o cumpre, instintivamente. Nós, seres dotados de razão (às vezes eu chego a duvidar!) podemos fazer nosso papel voluntariamente e de forma consciente.

Enquanto o Sol permanecer no signo de Gêmeos devemos procurar dentro de nós uma habilidade, um dom, um conhecimento e compartilhá-lo com outra pessoa. Eu mesma sou uma pessoa 'multi-tarefas' e preciso fazer um enorme esforço para terminar aquilo que inicio. Leio muitos livros ao mesmo tempo, ouço todas as notícias, estou sempre informada sobre tudo o que acontece, me comunico facilmente e aprendo tudo com a mesma facilidade. Com sabedoria (e com o amadurecimento próprio da idade), procuro fazer um esforço para ser mais organizada, terminar minhas tarefas, canalizar minhas ações num foco determinado. E procuro ler, estudar, me instruir sempre e continuamente e, sobretudo, procuro de modo constante utilizar meu conhecimento não somente em meu próprio benefício, mas no dos outros. Humildemente, agradeço a Deus por esse 'bom Mercúrio' que Ele me deu e procuro transmitir meu aprendizado como um simples e humilde veículo de Luz. E agradeço a vocês, caros leitores, que com seus e-mails, com seus relatos de vida, me oferecem a ocasião de compartilhar e enriquecer ainda mais meu conhecimento todos os dias.

O conselho da semana nos é fornecido pelas três letras que compõem o nome de DANIEL, o gênio cabalístico de nº 50. O salmo de oração é o de nº 102. Vamos pedir que Ele nos ajude a descobrir nossos dons, manter o foco em nossas ações e, principalmente, que nos ajude a despertar a paciência e a perseverança para terminar nossas tarefas alcançando nossas metas.

Uma semana cheia de Luz para todos!


fonte: http://somostodosum.ig.com.br

sexta-feira, 29 de maio de 2009

A energia que vem do sal

Uma nova tecnologia consegue gerar eletricidade a partir do contato da água doce dos rios com o mar. O único problema: o preço ainda é muito salgado



margarida telles

O engenheiro químico americano Sidney Loeb teve duas ideias revolucionárias em sua carreira. A primeira lhe ocorreu na década de 50, quando trabalhava na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Loeb desenvolveu os princípios de um sistema de filtros capazes de extrair o sal da água marinha e torná-la própria para a agricultura e para o consumo doméstico. O sistema exige grande quantidade de energia para bombear a água marinha pelos filtros, mas é essencial em países com pouca opção hídrica, como Israel. E hoje 3% da água potável do mundo vem dessa técnica das usinas de dessalinização. A segunda ideia genial de Loeb pode ter um impacto ainda maior. Ela simplesmente inverte o princípio usado na dessalinização: transforma água doce em salobra – e gera eletricidade. Se o processo for viável em larga escala, poderá matar a sede de energia limpa do mundo.

A ideia de Loeb explora uma característica física peculiar dos líquidos: a osmose. Trata-se de um princípio segundo o qual soluções líquidas separadas por uma membrana semipermeável tendem a ter igual concentração de substâncias. Por causa da osmose, a água sempre se movimenta do meio mais ralo para o mais concentrado, com o objetivo de equilibrar os dois. É assim que as células dos seres vivos conseguem trocar água com o líquido a sua volta. O processo de dessalinização inventado por Loeb se inspira nesse fenômeno natural. As usinas captam água do mar (com alta concentração de sal) e a bombeiam em alta pressão por meio de tubos com membranas semipermeáveis. Só a água vai para o outro lado, deixando para trás uma mistura com concentração maior de sal, que é despejada de volta no mar. O que sai do outro lado do cano é água doce mais pura que a das nascentes das montanhas.

Agora, a ideia é usar o percurso contrário da água. Loeb propõe colocar água doce ao lado da salgada. Pela osmose, a água doce vai correr para o lado da salgada, criando um fluxo contínuo que pode ser usado para acionar uma turbina e gerar energia. Para usar essa energia, é preciso construir usinas na foz dos rios (leia a ilustração na próxima página), aproveitando as condições naturais de encontro da água doce com a salgada. As obras envolvem diques para canalizar o fluxo dos rios para dentro de uma instalação. A água ficaria em um reservatório, ao lado da água salgada. Ali, a pressão da água é transformada em eletricidade. A água salobra resultante é despejada no mar. Pelas estimativas da empresa de energia norueguesa Statkraft, se todos os recursos hídricos do planeta fossem usados para isso, seria possível produzir o equivalente ao consumo de energia da China em 2002. Somente o Rio Amazonas poderia gerar 35 vezes mais energia que a usina de Itaipu.

A primeira vantagem da energia do sal é seu impacto relativamente pequeno nos rios. Bastam pequenas obras para canalizar parte da água. Além disso, ela funciona em qualquer situação climática, sem depender de sol, chuvas ou vento. “Com os preços da energia subindo e uma maior preocupação em criar fontes de energia renovável, a osmose tornou-se uma excelente alternativa”, afirma Stein Erik Skilhagen, diretor do projeto da Statkraft, uma das principais incentivadoras dessa tecnologia.

A Statkraft pretende inaugurar neste semestre o primeiro protótipo de energia do sal em Tofte, na Noruega. O projeto demorou vários anos para passar à prática. “O maior desafio foi criar uma membrana que simule o mesmo processo de osmose na natureza”, diz Skilhagen. A usina experimental é pequena. Vai gerar o suficiente apenas para aquecer alguns bules de água. A ideia é aperfeiçoar o protótipo nos próximos dois anos, e aí construir uma usina do tamanho de um campo de futebol, com o poder de gerar energia capaz de abastecer 15 mil casas.

Alguns duvidam que a tecnologia possa ser aplicada no mundo todo. Na Noruega é mais fácil, pois seus rios são cristalinos. Em bacias como a do Amazonas, as membranas teriam de ser frequentemente limpas, para os detritos não impedirem o fluxo de água. Com esse obstáculo em mente, a empresa holandesa Wetsus criou um projeto alternativo de osmose. Ele funciona como uma bateria e é semelhante às máquinas usadas para fazer hemodiálise. Não é a água a responsável por gerar energia, mas a carga elétrica existente no sal. Quando a água salgada é colocada em contato com as membranas, as cargas positivas do sódio e as cargas negativas do cloro se movem para lados opostos e criam um fluxo de energia. Como a água não precisa atravessar as membranas, a lama não é um problema.

A osmose ainda é cara. Seus custos assemelham-se aos da energia eólica. Estima-se que uma usina do tamanho de dois campos de futebol e com capacidade de produzir energia para abastecer oito trens custe aproximadamente US$ 600 milhões. Mas, uma vez que a tecnologia se aprimore, o preço pode baixar. Com a demanda crescente por fontes limpas, pode começar a ser viável. Sidney Loeb não chegou a ver seu projeto posto em prática. Ele morreu em dezembro de 2008, aos 92 anos. Pode ter deixado uma preciosa herança para o mundo.

O potencial da energia do sal

A energia proveniente da combinação de água doce e salgada seria suficiente para suprir 40% da demanda mundial por energia. O Rio Amazonas é o de maior potencial energético do planeta



Como tirar energia da água salgada

Engenheiros descobriram que é possível extrair energia do encontro da água do rio com o mar
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pesquisadora mostra em SP que células-tronco podem atenuar as rugas

Segundo pesquisa, célula-tronco do próprio paciente rejuvenesce a pele.
Efeito lembra o da toxina botulínica, mas sem paralisação muscular.

A pesquisadora Isabel Hoffmann Miles apresentou em São Paulo estudo sobre uso das células-tronco com fins de antienvelhecimento da pele (Foto: Claudia Silveira/G1)

A portuguesa Isabel Hoffmann Miles é membro da Academia Mundial de Medicina Antienvelhecimento e trouxe para São Paulo o resultado de uma pesquisa que ela chama de “nova revolução da pele”. Segundo Isabel, as células-tronco podem ser usadas não apenas para curar doenças, mas também para rejuvenescer a pele, dando mais viço e atenuando consideravelmente as rugas.

A novidade foi apresentada no 23º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, que acontece até esta quinta-feira (28), na Zona Sul de São Paulo. Para ilustrar a pesquisa, Isabel mostrou fotografias de pacientes submetidos a tratamento contra o mal de Parkinson, entre outras doenças, e que tiveram melhora na aparência da pele.

De acordo com a pesquisadora, as células-tronco seriam extraídas da pele da própria pessoa, que poderia ser retirada de qualquer parte do corpo. Depois de “tratadas” em laboratório, essas células seriam capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo.

No caso das rugas, as células seriam injetadas no rosto do paciente. Isabel explica que o resultado final seria parecido com o da aplicação da toxina botulínica, conhecida popularmente como Botox, mas que não há a paralisação do músculo nem das expressões.

“O efeito é o mais natural possível, mas o resultado não é definitivo. Não é a cura, é o rejuvenescimento. Também não há condições de deixar uma pessoa de 90 anos com rosto de 30, por exemplo”, esclarece a pesquisadora.

Como essas novas células que se formam para diminuir as rugas já vêm com o DNA da pessoa que cedeu a pele, Isabel adianta que não há risco de rejeição. Além disso, o procedimento não envolve a manipulação de embriões, o que sempre gera polêmica no campo da bioética.

A novidade é tão recente, conta Isabel, que ainda não se sabe o tempo que dura a ação das células-tronco na diminuição das rugas. Segundo a pesquisadora, os pacientes que se submeteram ao tratamento há mais tempo completaram seis meses recentemente, e o aspecto “permanece o mesmo, como se tivessem acabado de aplicar”.

São Paulo

Apesar de o uso das células-tronco no rejuvenescimento ser algo muito recente, Isabel conta que a novidade estará à disposição das brasileiras muito antes do que se imagina. A pesquisadora adianta que se mudará para o Brasil em julho deste ano e que abrirá uma clínica em São Paulo.

Veja ao lado edição do programa "Sem Fronteiras" que discutiu o uso das células-tronco



Para o tratamento ser realizado por aqui, Isabel adianta que os interessados precisarão esperar um pouco mais de tempo, pois é preciso receber aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mas, como a pesquisadora realiza o mesmo procedimento na Alemanha e nos Estados Unidos, alguns pacientes poderão ser submetidos ao tratamento no exterior.



Quem acha que ainda é muito cedo para se preocupar com as rugas deve prestar mais atenção na novidade. Segudo Isabel, é possível guardar um pedaço da pele para ela ser usada com fins estéticos a longo prazo. Funciona da mesma forma que guardar o cordão umbilical, e quanto mais jovem a pele for, melhor será a “qualidade” das células-tronco extraídas, diz a pesquisadora.



Fruta da juventude

Para aqueles em que a ideia de usar a própria pele e células para rejuvenescer é algo fora da realidade, uma nova matéria-prima para cosméticos promete efeito semelhante só que usando as células-tronco de uma macieira.

A substância batizada de PhytoCellTec funciona como agente antienvelhecimento e foi apresentada aos fabricantes de cosméticos na FCE Cosmetique, feira voltada para os fabricantes de cosméticos e que acontece simultaneamente ao Congresso Brasileiro de Cosmetologia, em São Paulo.

Segundo Ricardo Garcia, do departamento técnico da Focus Química, empresa que trouxe o produto para revendê-lo no Brasil, as células-tronco são extraídas do caule da árvore. Ao “virarem” um cosmético, elas “interagem” com as células-tronco encontradas na camada basal da pele humana, deixando o aspecto mais jovem, aumentando a vitalidade, retardando o envelhecimento e, consequentemente, diminuindo as rugas.

“Não existe nada no mercado que seja parecido”, afirma Irene Montaño, representante do laboratório suíço que fabrica o PhytoCellTec. Segundo ela, a substância ganhou, no ano passado, o prêmio de inovação como melhor ingrediente ativo pela Sociedade Européia de Cosméticos.

Garcia explica que a maçã usada é de uma espécie suíça e que há poucos exemplares dela no mundo. Segundo ele, a fruta despertou a atenção dos pesquisadores por manter a vitalidade mesmo no inverno e meses após a sua colheita.

Por ser matéria-prima, o PhytoCellTec não pode ser comprado nas prateleiras de supermercado ou farmácias. Segundo a Focus, uma grande empresa de cosméticos brasileira já começou a desenvolver produtos com esse princípio ativo.

Com essas novidades, em breve, os mais vaidosos poderão diminuir as rugas usando células-tronco de vegetais ou de origem animal.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1170359-5605,00-PESQUISADORA+MOSTRA+EM+SP+QUE+CELULASTRONCO+PODEM+ATENUAR+AS+RUGAS.html

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pintor cria 'ilusão de ótica' em murais

Este mural simboliza o uso da água de Owens Valley para suprir os moradores de Los Angeles.

Aqui, o artista 'abre' as páginas para mostrar camadas de história em Bishop, com um cão, no alto, 'cheirando' os ossos

A pintura conta a história do Río de Las Mercedez, na Califórnia.

Este mural foi pintado como se fosse a extensão de um café em San Jose, também na Califórnia.

O mural, pintado em um hospital, visa inspirar a cura, com a 'escultura' de uma família no centro.

Aqui o detalhe de um gigantesco mural em um shopping center de Palo Alto, na Califórnia.


Neste mural, o artista parece estar dormindo em frente à obra inacabada e sonhando com um touro.

A pintura O Poder da Onda foi uma das mais trabalhosas já realizadas por John Pugh (Fotos: John Pugh).


O artista americano John Pugh acaba de completar mais um de seus murais tridimensionais que tem como objetivo causar ilusão de ótica no público.A gigantesca onda pintada na parede de um edifício em Honolulu é tão realista que, pouco antes de a pintura ser concluída, um carro de bombeiros chegou a parar para tentar resgatar as crianças retratadas.

Eles só se deram conta do engano a cerca de três metros de distância da obra intitulada Mana Nalu (O Poder da Onda).

A técnica conhecida como Trompe L'Oeil - que significa ilusão de ótica - usa a perspectiva para criar as pinturas tridimensionais.

A proporção tem que ser exata, para ter o efeito de "enganar" o olho.

"Concluí que a linguagem de 'ilusões em tamanho natural' me permite me comunicar com uma audiência bem grande", disse Pugh em seu website.

"O fato de que as pessoas gostam de ser enganadas visualmente parece ser universal."

Além das pinturas tridimensionais, Pugh também cria ilusões arquitetônicas para ajudar na composição artística.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2009/05/090527_galeriailusaootica_ba.shtml

terça-feira, 26 de maio de 2009

Muita sede se mata com pouca água

Por que é perigoso dar água em grande quantidade a quem tenha ficado um longo período sem beber?


Porque as células do sedento podem ficar encharcadas e inchar, causando edemas em regiões importantes do corpo, como o cérebro. Isso não vai acontecer com alguém que fique a seco apenas algumas horas, mas com quem deixar de beber ou de comer alimentos que contenham líquidos por muitas horas. "Nessa situação, o corpo fica debilitado porque, junto com a água, ele perde também sais minerais", explica o gastroenterologista Thomas Szego, de São Paulo. Esses sais controlam a entrada e a saída de líquido nas células. Sem eles, a porteira fica aberta e o que chega entra. O descontrole leva ao inchaço (veja o infográfico). Por isso as vítimas de terremoto que ficam presas nos escombros e passam muito tempo sem água e comida — o limite que o corpo agüenta é de 36 horas — devem consumir bebidas isotônicas, ou seja, que contenham também sais minerais. E bem devagar.

Para que o corpo funcione bem, deve haver sais minerais nele. Os sais controlam a entrada e a saída de água nas células.



Com o corpo desidratado, os sais são eliminados no suor e na urina.



Quando uma quantidade grande de líquido é ingerida após uma desidratação, ela atravessa a membrana e entra descontroladamente na célula, estofando-a. Se isso ocorrer no cérebro, pode causar lesões sérias ou até matar.

http://super.abril.uol.com.br/superarquivo/2000/janeiro

"Pornografia e a autoajuda coincidem ao servirem-se da ilusão de liberdade individual", diz pesquisadora Michele Marzano

18/05/2009


Lluís AmiguetMichela Marzano pesquisa a pornografia, o "management" e o "coaching"


"Tenho 39 anos. Sou pesquisadora no Centre National de la Recherche Scientifique. Sou crente não praticante. A pornografia e a autoajuda coincidem ao servirem-se da ilusão de liberdade individual para perpetuar a exploração das pessoas por outras pessoas. Colaboro com o CCCB [Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona]."

Vivemos o melhor momento para desmascarar o embuste dos livros de gerenciamento pessoal, autoajuda, coaching...

Por que agora?

Michele Marzano: As crises evidenciam que nem sempre você pode ter o que quer, pois por mais que você queira, não conseguirá nada se antes não revelarmos que as regras do jogo da economia são enganosas, produzem desigualdade e punem a maioria de nós.

Não vejo nada de mau na autoajuda...

Michele Marzano: É perverso fazer você acreditar que tudo que dá errado para você é culpa sua, e que você deve melhorar, e que pelo contrário, as regras do jogo estabelecido por uma minoria em seu proveito não precisam de nenhuma melhora.

Alguns desses livros são divertidos...

Michele Marzano: Mas a ideologia que os alimenta, não. Leva a pensar, por exemplo, que se hoje você está desempregado, é porque você não desejou o sucesso o suficiente, nem se esforçou. Não só você é um perdedor e um fracassado, como isso é culpa sua, e isso absolve, aliás, todos os demais responsáveis por seu desemprego.

Antes havia perdedores simpáticos.

Michele Marzano: Hoje essa vigarice do autocrescimento impede isso: se você é um perdedor, é porque também é um vagabundo que não se deu ao trabalho de melhorar. Antes o sistema era paternalista: havia um empregador de quem saíam a todo momento as ordens que todos cumpriam, e se as coisas fossem mal, ele também se preocupava e cuidava dos seus...

Já não existem mais senhores assim.

Michele Marzano: Porque a partir de 1990 o capitalismo, para continuar crescendo, precisou de novos empregados empreendedores, já que as tecnologias da informação tornaram antiquada a estrutura patriarcal. Agora cada empregado deve ser capaz de tomar suas decisões pela empresa e assumir suas consequências.

Gente que saiba mandar em si mesma.

Michele Marzano: Na era digital, para serem produtivas as empresas devem manter uma fachada - só que é uma fachada horizontal: os patrões e seus capatazes determinam metas e os empregados as cumprem da forma que quiserem.

A famosa direção por metas.

Michele Marzano: É a ilusão da autonomia pessoal quando, na verdade, suas metas muitas vezes são impossíveis de serem cumpridas, ou só podem ser cumpridas se você desistir de tudo que não seja trabalhar. Os patrões te dão toda a liberdade para renunciar da maneira que quiser à sua própria liberdade. Pelo menos, quando impunham um horário, seu tempo livre era seu.

Mas o trabalho produz satisfação.

Michele Marzano: Essa é a armadilha - envolvida em todo esse palavreado de autoajuda - da felicidade pelo trabalho. Sustenta que o trabalho é o único caminho da realização pessoal até a felicidade. Dessa forma, você só pode ser feliz deixando seus patrões ricos. Antigamente calhava de você ser o pobre e inocente desgraçado; agora, se você não for feliz, além de tudo é um preguiçoso culpado por toda sua própria desgraça

Antigamente, trabalhar era uma maldição bíblica.

Michele Marzano: Era o preço do sustento. Na sociedade patriarcal era o modo cansativo, mas inevitável, de sustentar a família: hoje a economia precisa de mais envolvimento pessoal: exige executivos autoconvencidos que renunciam à família e aos amigos para investirem todas suas horas na empresa, o que os torna - acreditam os mais alienados - superhomens e supermulheres felizes e admirados.

Isso se a empresa funciona...

Michele Marzano: É o outro paradoxo: você acredita que tudo depende somente de você, mas na hora da verdade tudo depende dos resultados de sua empresa, que por sua vez podem vacilar, como agora, por uma crise financeira que começou a milhares de quilômetros por culpa daqueles que decidem e impõem as regras.

Também não poderíamos crescer sempre.

Michele Marzano: O crescimento tem limites, mas o sucesso ilimitado que a filosofia da autoajuda promete precisa da ilusão de que você é o único a impor os limites, como se o planeta não os tivesse. Enquanto você pode se permitir três carros e duas piscinas, o planeta e sua atmosfera não podem.

Às vezes, crescer é ser menor.

Michele Marzano: Sim, é menos pior que tenhamos "fracassado" em conseguir todos nossos objetivos, se com isso salvamos o que resta da Terra.

Apesar disso aqui estariam "pavimentando praias"...

Michele Marzano: Essa lógica da autoajuda propicia, na crise, enormes quantidades de sentimento de culpa, que por sua vez se transforma em depressão. Na Argentina e na França a psicanálise é uma religião, e os antidepressivos, seu sacramento; e nisso, os argentinos e franceses são os maiores do mundo.

Por quê?

Michele Marzano: Exatamente porque são países com egos enormes educados na fé ilimitada, na própria capacidade do controle de si mesmos e de seu destino, que é considerado como mero resultado das decisões tomadas ao longo da vida. As terapias breves, a PNL [programação neurolinguistica] e outras técnicas alimentam essa falácia do controle ilimitado, que não é nada mais que a ilusão infantil da onipotência.

E o resultado é que a sorte também existe.

Michele Marzano: Chame de sorte, destino, imponderável, do que quiser, mas trata-se da aceitação madura de que uma parte do que acontece conosco - por exemplo, esta crise financeira - não depende exclusivamente de nós.

Mas sim nossa atitude diante dela.

Michele Marzano: Vejo que você leu muita autoajuda.

Entrevistei muitos gurus.

Michele Marzano: Leia-os, mas às vezes é melhor fracassar. Fracasse, homem! Não sei se será mais feliz, mas certamente viverá mais tranquilo.

Tradução: Lana Lim

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lavanguardia/2009/05/18/ult2684u511.jhtm

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz

São João da Cruz (1542-1591), frade carmelita, Doutor da Igreja
Conselhos e máximas (173-177 in trad. Oeuvres spirituelles, Seuil, 1945, p. 1203)

Evangelho segundo S. João 16,29-33.

Disseram-lhe os seus discípulos: «Agora, sim, falas claramente e não usas nenhuma comparação. Agora vemos que sabes tudo e não precisas de que ninguém te faça perguntas. Por isso, cremos que saíste de Deus!» Disse-lhes Jesus: «Agora credes? Eis que vem a hora e já chegou em que sereis dispersos cada um por seu lado, e me deixareis só, se bem que Eu não esteja só, porque o Pai está comigo. Anunciei-vos estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu já venci o mundo!»

«No mundo tereis tribulações; mas tende confiança: Eu já venci o mundo!»

Tende atenção em conservar o vosso coração na paz; que nenhum acontecimento deste mundo o perturbe; pensai que tudo acaba aqui em baixo. Em todos os acontecimentos, por muito deploráveis que sejam, devemos regozijar-nos em vez de ficarmos tristes, para não perdermos um bem mais precioso, a paz e a tranquilidade da alma.

Mesmo que aqui em baixo tudo se desmoronasse e que todos os acontecimentos nos fossem adversos, seria inútil perturbarmo-nos, pois a perturbação causar-nos-ia mais danos do que proveito.

Suportar tudo com a mesma disposição e na paz é, não apenas ajudar a alma a adquirir grandes bens, mas também predispô-la a melhor avaliar as adversidades em que se encontra e a aplicar-lhes o remédio adequado. O céu é estável e não está sujeito às mudanças. Do mesmo modo, as almas, por terem uma natureza celestial, são estáveis; não estão sujeitas a tendências desordenadas nem a nada desse género; de certo modo, assemelham-se a Deus, que é imutável.


http://evangelhoquotidiano.org/

Austrália lança programa para salvar espécies de cavalos-marinhos

BELEZA AMEAÇADA

Giovana Vitola

De Sydney para a BBC Brasil












Um biólogo marinho lançou na Austrália um programa pioneiro para tentar salvar espécies ameaçadas de cavalos-marinhos.

O biólogo marinho David Harasti, da Universidade de Newcastle, na Austrália, criou filhotes de duas espécies não-ameaçadas em cativeiro nos últimos seis meses e soltou-os em seu habitat natural, na baía de Sydney.

A maioria das espécies de cavalos-marinhos não se adapta bem ao cativeiro, apresentando alto nível de estresse e baixo índice de reprodução. A esperança do experimento é que os filhotes sobrevivam sozinhos.

Se a experiência, realizada com animais das espécies cavalo-marinho-de-barriga, a maior espécie existente, e o cavalo-marinho-branco, der certo, o programa poderá ser usado com espécies em extinção em outros países

"Estamos testando se cavalos-marinhos nascidos em cativeiro se adaptam à natureza, pois poderíamos introduzir o programa em outros países onde as populações estão diminuindo, como Filipinas, Vietnã e Indonésia (que possui o maior número de cavalos-marinhos do mundo), disse ele à BBC Brasil.

Teste


Vinte e dois filhotes foram liberados em condições de água diferentes em Sydney. Uma mais calma, e outra mais agitada, para ver em qual ambiente os cavalos-marinhos se adaptariam melhor.

"Assim, vamos observando e coletando informações valiosas desses animais", disse. Todos os filhotes, identificados por uma pequena etiqueta fluorescente, devem ser monitorados por mergulhadores a cada duas semanas.

"A principal coisa é ver se os nascidos em cativeiro sobreviverão na natureza assim que liberados", disse o biólogo, que faz o experimento com cavalos-marinhos-brancos (Hippocampus whitei).

"Como ainda sabemos muito pouco sobre os cavalos-marinhos, não podemos fornecer estatísticas de suas populações", disse ele, que cita a espécie Hippocampus colemani como a mais rara.

'Apaixonados'


Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, há oito espécies ameaçadas no planeta. A organização lista o cavalo-marinho-do-cabo, nativo da África do Sul, como a espécie mais ameaçada.

Para Harasti, a maior ameaça dos cavalos-marinhos é a pesca abusiva - motivada, entre outras coisas, pelo uso do animal na medicina tradicional chinesa -, além do desenvolvimento urbano e degradação dos habitats.

O cientista diz que, com o passar dos anos, a perda de habitats naturais como campos de esponjas, corais e algas, levaram algumas espécies da Austrália a habitar regiões ao redor das redes especiais de proteção contra tubarões. "Agora eles dependem delas, pois se adaptaram às mudanças humanas", disse Harasti, que acrescentou que as redes são "perfeitas" para os animais, já que fornecem proteção contra predadores.

A Austrália abriga ao menos 20 das 60 espécies de cavalos-marinhos conhecidas no mundo, o que a torna o país possuidor da maior diversidade de espécies de cavalos-marinhos no mundo.

Novas espécies continuam a ser descobertas. Recentemente a menor espécie de cavalo-marinho do mundo foi encontrada próxima a costa da Indonésia. O Hippocampus denise tem apenas 16 milímetros de comprimento.

O pesquisador diz que os cavalos-marinhos são a única espécie do mundo na qual o macho dá à luz, podendo produzir cerca de cem filhotes de uma vez.

Segundo o Harasti, quando a fêmea e o macho iniciam o processo de acasalamento, ficam juntos durante toda a temporada. "Recentemente descobrimos também que eles são monogamistas de longo-prazo, pois os pares continuam juntos nas temporadas seguintes de acasalmento".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090524_cavalosmarinhos_rc.shtml

domingo, 24 de maio de 2009

O drama da água na escala global

182 países participaram do Fórum Mundial da Água, discutindo soluções para enfrentar o problema da escassez: mais de 1 bilhão de pessoas já não tem acesso a água de boa qualidade e 2,5 bilhões não dispõem de redes de coleta de esgotos



Washington Novaes*
O Estado de São Paulo – 27/03/2009


O Fórum Mundial da Água, encerrado no último fim de semana em Istambul, com a presença de 28 mil delegados de 182 países, trouxe à tona informações dramáticas sobre esse setor no mundo, bem como recomendações para a Convenção do Clima, reuniões do G-8, governos e outras instâncias de decisão. A começar pelo fato de mais de 1 bilhão de pessoas já não terem acesso a água de boa qualidade e 2,5 bilhões não disporem de redes de coleta de esgotos. Como a população mundial continua crescendo à razão de 80 milhões de pessoas por ano, são mais 64 bilhões de metros cúbicos anuais no consumo global de água, diz o relatório Water in a Changing World, de 26 agências da ONU.

Além disso, acentua o documento, as pressões continuam crescendo: as hidrelétricas, que respondem por perto de 20% da energia no mundo, são cada vez mais solicitadas para reduzir as fontes poluidoras derivadas do carvão, do gás e do petróleo - e isso significa mais barragens quando, segundo a Comissão Mundial de Barragens, já existem 45 mil no mundo (só as com pelo menos 15 metros de altura), mais de 80% do fluxo dos rios é interrompido e vários dos grandes rios não chegam mais aos oceanos (Colorado, Amarelo e outros). A agropecuária, que usa cerca de 70% da água, aumenta seu consumo com a demanda de alimentos (1 quilo de trigo exige de 400 litros a 1 mil litros para ser produzido, diz o documento; 1 quilo de carne, entre 1 mil e 20 mil litros; 1 litro de combustível "verde", cerca de 2,5 mil litros). Não é só. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) lembra que, se um ser humano precisa de apenas 3 litros diários para beber, precisará de cerca de 3 mil litros por dia para produzir sua alimentação - o que pode elevar o consumo total, em casa e fora dela, para 4 mil litros por dia por pessoa.

Tem mais. Doenças veiculadas pela água são a segunda causa de morte de crianças com menos de 5 anos: 4,2 mil por dia. Dessas crianças, 125 milhões vivem em casas sem água potável de boa qualidade; 23% da população mundial defeca ao ar livre, porque não dispõe de instalações sanitárias nem de redes de esgoto - o que leva a ONU a concluir que, se o saneamento fosse universalizado, seriam reduzidas em 32% as doenças diarreicas, que matam, junto com outras veiculadas pela água, 1,7 milhão de pessoas por ano (no Brasil, perto de 80% das internações pediátricas e das consultas na rede pública se devem a essas doenças).

Reduzir esses dramas e caminhar em direção aos Objetivos do Milênio exigirá enfrentar muitos condicionantes: o aumento da população; as regras para compartilhamento dos aquíferos pelos vários países; impedir que mudanças do clima façam ainda mais vítimas entre os pobres e continuem a derreter os gelos das montanhas, que abastecem centenas de milhões de pessoas; a crise econômica global, que restringe recursos. Também exigirá novas tecnologias, mudanças no padrão de consumo e no mercado de alimentos e mais planejamento, controle da poluição, regras para expansão urbana desordenada e redução do desmatamento.

A situação brasileira, nesse quadro, poderia ser até privilegiada, já que dispomos de 12% do fluxo superficial de água no mundo, além de grandes depósitos subterrâneos. Mas além da distribuição geográfica da água ser muito desigual (72% na Amazônia, 6% no Sudeste), diz a Agência Nacional de Águas, há anos que todas as nossas bacias hidrográficas, da Bahia ao Sul do País, estão em "situação crítica" por causa de poluição, desperdício ou conflitos pelo uso.

E a situação do abastecimento de água e saneamento continua dramática. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são 34,5 milhões de pessoas (28,6% da população urbana) que não dispõem de redes de coleta de esgotos, mas se a elas se acrescentarem os que contam apenas com fossas, chega-se perto de 50%. Quase 10% não têm suas casas ligadas a redes de abastecimento de água. Mas a "universalização" das redes de esgotos e de água só acontecerá em 20 anos. Apesar disso, estamos devolvendo R$ 202 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) porque não fomos capazes de fazer licitações e cumprir outras exigências. E tudo isso sem entrar no terreno do tratamento de esgotos, já que apenas pouco mais de 20% dos esgotos coletados recebem algum tratamento (em geral, apenas primário, que devolve 50% da carga orgânica aos rios, onde são a causa principal de poluição). Ou no terreno da perda de água, que está acima de 40% nas maiores cidades brasileiras.

Pode haver encaminhamentos, claro. Os recursos para o saneamento têm de aumentar. É possível ampliar as redes de coleta com menos gastos se se adotar em maior escala o sistema de ramais condominiais (que já atendem a 15 milhões de pessoas, inclusive grande parte de Brasília). Para reduzir as perdas de água, é indispensável criar nos bancos públicos sistemas de financiamento para recuperação e manutenção das redes (hoje só se financiam novas barragens, adutoras e estações de tratamento, muitas vezes mais caras). Urge implantar os comitês de gestão de bacias em todo o País (só dois funcionam hoje) e a exigência de pagamento pelo uso da água (com os recursos daí advindos aplicados na própria bacia). Deixar, o Tesouro Nacional, de contingenciar recursos dos comitês. Disciplinar o uso de águas por pivôs centrais, que em grande parte desperdiçam metade do que retiram dos mananciais. Reciclagem e reúso da água têm de se tornar rotina. Nas cidades, é fundamental exigir a retenção de água de chuva em cada imóvel e usá-la inclusive nos sistemas sanitários (ajudando também a reduzir as enchentes). Ampliar para todo o País o sistema adotado em São Paulo, de individualizar as contas nas habitações coletivas, para estimular a economia (é preciso ter também faixas mais diferenciadas para o consumo, pelo mesmo motivo).

Enfim, são muitos caminhos. Não se pode perder mais tempo diante da gravidade do quadro.

*Artigo publicado no Jornal o Estado de São Paulo, em 27/03/2009, na página A-2

Como funciona a agricultura hidropônica?

O cultivo da agricultura hidropônica é uma técnica milenar em que frutas, verduras e legumes são produzidos sem o uso de terra. “Em seu lugar utiliza-se água pura, mas podem ser usados também substratos como fibra de coco, lã de rocha e algodão”, afirma o engenheiro agrônomo Antônio Bliska Junior, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A principal vantagem desse tipo de cultivo, que já era empregado na China há 2 mil anos, é a produção de plantas mais saudáveis e resistentes a pragas, uma vez que elas são cultivadas em água potável, longe de microorganismos e metais pesados. “Além disso, em algumas culturas não é preciso utilizar agrotóxicos”, diz Bliska, que é co-autor da Cartilha de Hidroponia, disponível no endereço eletrônico www.hidroponia.com.br. Outro fator favorável à técnica é a possibilidade de cultivo em regiões desérticas ou rochosas, onde a terra é improdutiva. De acordo com os defensores da hidroponia, que foi introduzida no Brasil apenas nos anos 90, esse tipo de agricultura é altamente viável do ponto de vista econômico. O mais caro é o investimento inicial para implantação do sistema, que é formado por tubulações com furinhos onde as plantas são afixadas, bombas para movimentar a água e uma estufa./

vida simples Edição Nov 2007

Os mistérios da mecânica quântica

Ivan de Oliveira explica por que até Einstein ficou com a pulga atrás da orelha com essa área da física



A enigmática área da ciência que investiga as propriedades contra-intuitivas de átomos e partículas subatômicas é o tema da décima primeira edição de nosso podcast. Os mistérios da física quântica são discutidos em linguagem acessível pelo físico Ivan Oliveira, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

Ivan Oliveira é pesquisador do Grupo de Informação Quântica do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

Oliveira explica como, no mundo do extremamente pequeno, as partículas podem apresentar dois estados ao mesmo tempo – como se uma moeda exibisse cara e coroa simultaneamente, para fazer uma analogia com o universo macroscópico.

As propriedades quânticas das partículas são tão misteriosas que chegaram a abalar as convicções de Albert Einstein (1879-1955), maior físico do século 20, na validade dessa teoria. Oliveira conta que, em especial, um fenômeno conhecido como emaranhamento intrigava o alemão, que o classificava como uma “propriedade fantasmagórica” das partículas.

Fenômenos como este, embora ainda não sejam plenamente compreendidos pelos físicos, deram origem a uma série de aplicações tecnológicas que já estão presentes em nossas vidas, em equipamentos como computadores e telefones celulares.

Ivan de Oliveira mostra também como a exploração dos fenômenos quânticos pode levar, num futuro próximo, ao advento da computação quântica, em que os computadores terão uma velocidade de processamento imensamente maior do que a das máquinas atuais.

Confira isso e mais na entrevista de Ivan de Oliveira a Mariana Ferraz. Para ouvi-la, basta seguir as instruções do quadro abaixo.


A Redação
Ciência Hoje On-line
09/07/2008

Como é a hierarquia dos anjos católicos?

por Lorena de Oliveira



Como é a hierarquia dos anjos católicos?

Edson Rossato,

São Paulo, SP

Os anjos são os seres espirituais que fazem o meio-de-campo entre os homens e o Todo-Poderoso. As asas possibilitam que eles façam o caminho entre o céu e a terra. A divisão dos anjos em nove coros foi citada pela Bíblia, mas quem colocou ordem no mundo angelical foi são Tomás de Aquino. Além de classificá-los em três esferas, o teólogo também determinou as características e funções de cada um dos coros. Todo o seu estudo sobre anjos foi publicado no livro Suma Teológica, escrito por ele entre 1?265 e 1?273. :-

Burocracia celestial
Para governar o mundo inteiro, o Todo-Poderoso conta com a ajuda de seus funcionários alados
Primeira Esfera - São os anjos que glorificam e contemplam a Deus

Serafins

Em hebraico, serafim significa "aquele que arde" - é por isso que este anjo é cheio de chamas douradas e prateadas, além de ter seis asas. São os anjos mais próximos de Deus, encarregados de guardar o trono sagrado. São considerados os anjos mais velhos e com os pensamentos mais puros

Querubins

Depois que Adão e Eva foram expulsos do paraíso, eles ficaram responsáveis por guardar a Árvore da Vida, símbolo da vida eterna. Eles têm quatro rostos, quatro asas e muitos olhos. Como são sabichões, guardam os mistérios divinos e organizam o caos universal

Tronos

São descritos como rodamoinhos de luz, que mantêm o trono de Deus por meio do som. São considerados os músicos celestiais e vivem com harpas ou cítaras nas mãos. Eles ajudam a manter a segurança do poder divino e passam as missões de cima para os coros de anjos inferiores

Segunda Esfera - Nem tanto ao céu nem tanto à terra, são eles que governam de fato

Dominações

São considerados os ministros de Deus - dá só uma olhada no cetro e na espada, símbolos do seu poder. Exercem o domínio sobre os coros angelicais inferiores, responsáveis por executar as vontades soberanas, e recebem as missões mais relevantes

Virtudes

Auxiliam na execução das tarefas divinas, tirando os obstáculos do caminho. São representados como jovens fortes e saudáveis, com um cajado ou bastão nas mãos. Eles também têm poder sobre a natureza e acalmam tempestades, maremotos e terremotos

Potestades

São anjos com grande poder de concentração, porque ajudam a concretizar o pensamento de Deus. Levam sempre uma espada flamejante para proteger os homens contra o poder dos demônios. Também cuidam dos quatro elementos: água, terra, fogo e ar

Terceira Esfera - Mais próximos de nós, estes anjos cumprem as ordens superiores

Principados

Dão instruções e avisos de Deus a príncipes, reis, líderes e governantes. São severos com aqueles que, apesar de suas recomendações, insistem em não agir de acordo com a vontade de Deus. Carregam cruzes e um cetro nas mãos

Arcanjos

Figurinhas conhecidas da Bíblia, são os encarregados de Deus para missões extraordinárias e revelações acima da compreensão humana, como quando o arcanjo Gabriel disse a Maria que ela seria mãe de Cristo. Levam nas mãos uma espada e um escudo

Anjos da guarda

Sabe os anjinhos que aparecem sobre os ombros dos personagens de desenhos animados? São os anjos da guarda, que ativam nossa intuição e nos protegem dos perigos. Eles gostam de espaços limpos, flores, cores claras, música e perfumes suaves. Eles tomam a forma que cada pessoa imagina

Anjos Decaídos - São os anjos que foram rebaixados das primeiras divisões celestiais

Lúcifer

Assim como os humanos, os anjos têm livre-arbítrio, o que pode levar uma parte deles a se render aos pecados, como soberba e inveja. Ao fazerem isso, eles são expulsos do céu e se tornam anjos decaídos. O caso mais famoso é o de Lúcifer, um ex-serafim que se achava superior a Deus e acabou no inferno

http://mundoestranho.abril.com.br/religiao/

sábado, 23 de maio de 2009

Células-tronco para curar corações partidos

Mónica Salomon


O coração pode se regenerar, basta aprender a utilizar essa capacidade natural para repará-lo quando se danifica. Mas pôr em prática essa ideia é diabolicamente complexo. Há uma década são realizados testes com células-tronco em 3 mil doentes e os resultados são promissores. Agora os cardiologistas discutem se chegou a hora de fazer um grande teste para avaliar a terapia celular. Se funcionar, poderá ser um tratamento complementar para o infarto.Quase a metade do coração humano se regenera durante a vida de seu portador. Quer dizer, 40% das células do músculo cardíaco de um idoso são diferentes das que ele tinha quando menino, porque essas células, os cardiomiócitos, foram se renovando sem pressa mas sem pausa, a um ritmo entre 1% ao ano aos 25 anos e 0,45% ao ano aos 75 anos. Os cardiologistas coletaram na última década provas concretas de que isso ocorre, mas a confirmação veio apenas agora, no mês passado, graças à ideia que Andreas Zeiher, da Universidade de Frankfurt (Alemanha), qualificou de "genial" no 6º Congresso Internacional sobre Células-tronco e Cardiologia realizado recentemente em Madri.A história da descoberta, publicada em "Science" (3 de abril), é bonita: os testes nucleares de meados do século 20 contaminaram tanto a atmosfera que a quantidade do isótopo radiativo carbono 14, presente nas células de todo ser vivo, aumentou de modo significativo; esse isótopo decai a um ritmo constante, com o que os pesquisadores do Instituto Karolinska de Estocolmo (Suécia) advertiram que se o medissem no coração de pessoas falecidas em diversas idades poderiam encontrar a taxa de regeneração das células cardíacas. "Não resta qualquer dúvida", diz Zeiher. "Agora temos de descobrir que mecanismo podemos usar para manter e reforçar esse processo no coração. Uma das formas é a terapia celular com células-tronco."Aproveitar e estimular a própria capacidade do coração de se regenerar. Imitar a maravilhosa façanha das salamandras, capazes de fabricar o próprio rabo ou uma pata substituta se a original sofrer algum percalço. É realmente possível imaginar algo assim para tratar doenças cardíacas em seres humanos? Bem, "isso é o ideal e se conseguiu parcialmente em ratos", explica Francisco Fernández Avilés, chefe de cardiologia no Hospital Gregorio Marañón, em Madri, e organizador do congresso. Mas em seres humanos é por enquanto um objetivo ambicioso demais. Há também metas mais modestas: se não é possível ainda aspirar a regenerar um órgão, pode-se tentar repará-lo parcialmente, usando as células envolvidas no processo de regeneração.Um campo em ebuliçãoO infarto do miocárdio, por exemplo: "Do ponto de vista clínico, o importante é que a área infartada seja o menor possível, que não continue degenerando até dar lugar à falência cardíaca", explica Fernández Avilés. Para os cerca de cem cardiologistas de todo o mundo que participaram do congresso em Madri, essa estratégia é esperançosa. Não como alternativa para os tratamentos convencionais, mas para complementá-los. Os debates se concentraram em até onde se avançou e qual deve ser o próximo passo. O resumo é: trata-se de um campo "em ebulição" - nas palavras de Magdi Yacoub, do Imperial College de Londres - que pode acabar sendo revolucionário, mas resta muito caminho a percorrer.É uma área "incrivelmente complexa, mais do que esperávamos", diz Bernard Gersh, da Clínica Mayo (Rochester, EUA). "E quanto mais sabemos sobre as células-tronco mais complexo é o que vemos. Mas é verdade que é uma linha emocionante que está aqui para ficar. Não haverá uma cura amanhã, pode ser que demoremos cinco ou dez anos para ter resultados aplicáveis à clínica, mas estamos fazendo um esforço enorme". Seu veredicto sobre o futuro da terapia com células-tronco: "Cautelosamente otimista".Os testes de terapia celular em humanos começaram há pouco menos de uma década. Consistem, em geral, em transplantar células-tronco no paciente, fazer que cheguem à área danificada (nem sempre são implantadas diretamente nela) e depois estudar o que acontece no coração. Precisamente, a sofisticação das técnicas de imagem para este, cada vez maior, foi o que salientou no congresso o médico Valentín Fuster, do Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares, em Madri, e do Hospital Monte Sinai, em Nova York.Até agora participaram de testes de terapia celular em cardiologia cerca de 3 mil pacientes e ainda não foram obtidos resultados contundentes. Os estudos foram muito pequenos e diversificados. Mas se vislumbram resultados positivos. O primeiro é que a terapia celular, pelo menos nas formas testadas até agora, não é nociva. O segundo, que seus efeitos no infarto agudo do miocárdio são "modestos mas significativos", explica Fernández Avilés. Em patologia crônica ainda não há conclusões.Agora a grande pergunta é: deve-se passar já para um teste grande, padronizado, que permita decidir sobre a aplicabilidade ou não na clínica desta terapia no infarto agudo de miocárdio? Não houve unanimidade no congresso em Madri.Para Fernández Avilés, que lidera o teste internacional Precise para tratar isquemia crônica com células-tronco obtidas da gordura do próprio paciente, "já não há motivos para não começar um estudo em grande escala de terapia celular em infarto do miocárdio". Zeiher está de acordo e de fato já projetou seu teste ideal: 1.400 pacientes com infarto agudo de miocárdio da Itália, Alemanha, Espanha, França, Holanda e Reino Unido que cumpram determinados requisitos - como a quantidade de sangue bombeada pelo coração em cada batimento inferior a 40% - seriam tratados com células-tronco entre os cinco e sete dias após o ataque.Mas outros, como Gersh e Yacoub, preferem esperar alguns anos antes de um teste assim. Ainda há demasiadas perguntas pendentes. Por exemplo, que tipo de células-tronco usar? Em princípio, há bastante onde escolher: células-tronco da medula óssea do próprio paciente ou do doador; células-tronco do sangue, do próprio coração, da gordura; células-tronco embrionárias e inclusive células adultas, já especializadas, que foram reprogramadas para lhes devolver a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula. A maioria dos testes até agora foi feita com células-tronco da medula óssea do próprio paciente, sobretudo porque já há experiência de uso dessas células para autotransplante em patologias como a leucemia. Mas isso não descarta outras possibilidades.Opções emocionantesYacoub afirma: "Estamos em um momento muito interessante, mas ainda é preciso escolher o tipo adequado de célula entre várias opções emocionantes. Se fizermos um grande teste apostando só na opção que se considera mais segura e afinal não funcionar, pode-se deter o avanço de um campo muito promissor. Às vezes a opção mais segura não é a melhor. Nosso objetivo agora já não é só não causar dano, mas encontrar um benefício. É um desafio que é preciso enfrentar e para isso devemos buscar o tipo correto de célula e padronizá-la". Na opinião dele, as células-tronco residentes no próprio coração, responsáveis pela regeneração dos cardiomiócitos, são "uma das melhores opções".Gersh expôs uma lista de outras questões (além da do tipo de células) sobre as quais seria preciso chegar a um consenso: número de células-tronco a transplantar, momento mais adequado para fazê-lo (os ensaios oscilam entre poucas horas depois do infarto e vários dias), onde e com que técnica se deve fazer o transplante, como reter as células no lugar desejado e conseguir que sobrevivam, qual é o melhor método para preparar e armazenar as células, e a segurança em longo prazo. "Até agora tudo parece seguro", diz Gersh, "mas quando tivermos conseguido que sobrevivam muito mais células, continuarão sendo seguras? E se usarmos células da medula de pacientes já doentes, estamos transplantando células doentes? Talvez os mesmos efeitos ambientais que causaram a doença tenham afetado as células-tronco. Gostaria de ver mais testes pequenos enfocados em analisar estas questões. Um grande teste agora seria um erro". Doris Taylor, do Instituto de Células-tronco da Universidade de Minnesota (EUA), também lembrou: "Minhas perguntas em 2003, 2004, 2005, 2006... são as mesmas que hoje. Creio que ainda não sabemos que tipo de teste em grande escala fazer."Há concordância, por outro lado, em manter a questão do que fazem as células-tronco uma vez transplantadas. Uma coisa é buscar seu efeito clínico, de forma prioritária, e outra entender o porquê desse efeito. Mas antes ou depois ambas as linhas de trabalho terão que confluir. "O que fazem as células depois de transferidas? Ainda não sabemos, mas é muito interessante", responde Gersh. "Poderia mudar nosso ponto de vista sobre a terapia. Por exemplo, hoje acreditamos que o efeito poderia não estar relacionado com as células em si, com sua presença. Cremos que pouco depois de ser transferidas elas já não estão e se há um benefício deve estar relacionado a alguma proteína que produzem ou com o lugar onde as cultivam... Esclarecer isso mudaria muito a perspectiva."O mesmo empenho para lembrar a importância do "básico" está na insistência de Fuster em pesquisar mais a formação do coração em fase embrionária. Um interesse que é compartilhado por Yacoub, que por isso recomenda não abandonar a pesquisa em células-tronco embrionárias, por mais alternativas que houver: "São o padrão, o real, o que faz que o embrião acabe tendo um coração. Seu estudo nos dá muita informação. Se conseguirmos entender a elegância de formar um coração, poderemos nos perguntar: posso copiar isso?"



Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves


http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2009/05/15/ult581u3239.jhtm

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Fumantes de terceira mão - Pesquisadores alertam que os perigos do cigarro permanecem mesmo depois de ele ter sido apagado

por Coco Ballantyne

Você já deve ter se sentido o cheiro da fumaça de cigarro que impregna os cabelos e roupas de fumantes próximos a você, ou talvez tenha entrado em um elevador e se perguntado por que o ambiente estava cheirando a cigarro, se não havia ninguém fumando por perto. Bem-vindo ao mundo do fumo de terceira mão.
“Esse efeito residual do cigarro consiste na contaminação provocada pela fumaça de tabaco, que permanece depois de o cigarro ter sido apagado”, explica Jonathan Winickoff, pediatra do Centro de Câncer Dana-Farber/Harvard, em Boston, e autor de uma pesquisa sobre o novo fenômeno, publicada no periódico Pediatrics.

Segundo o estudo, uma grande parcela da população, especialmente os fumantes, ignora que o fumo de terceira mão ─ a combinação de toxinas que adere por horas ou mesmo dias a carpetes, sofás, tecidos e outros objetos, em ambientes freqüentados por fumantes ─ é prejudicial à saúde de bebês e crianças. Dos 1.500 fumantes e não-fumantes monitorados por Winickoff, a grande maioria concordou quanto aos perigos do fumo passivo. Mas, ao serem questionados se concordavam com a afirmação: “Respirar hoje, em um local onde alguém fumou ontem, pode ser prejudicial à saúde?”, somente 65% dos não-fumantes e 43% dos fumantes responderam afirmativamente.

O termo cunhado pela equipe de Winickoff ─ é um conceito relativamente novo, mas a preocupação com esse tipo de efeito é bastante antiga, embora somente há pouco tempo tenham surgido os primeiros estudos. Segundo Stanton Glantz, diretor do Centro de Pesquisa e Educação para o Controle do Tabaco, da University of California, em São Francisco, “o nível de toxicidade na fumaça do cigarro é astronômico, se comparado a outras toxinas ambientais, como as partículas expelidas pelo escapamento de veículos”. Entretanto, Glantz ressalta que desconhece qualquer estudo relacionando o fumo de terceira mão a doenças, como acontece com o fumo passivo.
O fumo de terceira mão inclui tudo o que sobra depois da fumaça visível ─ que leva ao fumo passivo ─ ter se dissipado no ar. São as toxinas do tabaco que se acumulam nas superfícies com o tempo: um cigarro reveste as paredes de um cômodo qualquer com uma camada dessas toxinas; um segundo cigarro adiciona mais uma camada e assim por diante. Não é possível quantificar esse resíduo, pois depende do tamanho do ambiente. Em lugares pequenos, como um carro, o depósito é muito maior. Na verdade, os próprios fumantes estão contaminados e são fontes de emissão de toxinas.

O relatório de 2006 do U.S. Surgeon General adverte que não há exposição ao tabaco sem riscos. Na fumaça do cigarro, estão presentes 250 toxinas. O componente mais perigoso da fumaça de cigarro é o cianeto, usado em armas químicas que e interfere na liberação de oxigênio para os tecidos. Outros componentes perigosos são o arsênico, um veneno utilizado para matar ratos, e o chumbo.

Em crianças os efeitos são mais graves. O cérebro em desenvolvimento é particularmente sensível aos níveis de toxinas. Bebês e crianças estão mais próximos do chão e de outras superfícies onde as toxinas se depositam, por isso estão mais expostos à contaminação.

As crianças ingerem duas vezes mais poeira que os adultos por causa da respiração mais rápida e do constante contato com superfícies empoeiradas. Considerando que um adulto pesa 70 kg, por exemplo, e um bebê, 7 kg, crianças e bebês estão sujeitos a uma exposição 20 vezes maior que um adulto.

Estudos em camundongos sugerem que a exposição à toxina do tabaco é a principal causa da síndrome de morte súbita infantil, provavelmente provocada por insuficiência respiratória.

Este estudo sugere que para proteger a saúde de seus próprios filhos, os fumantes precisam abandonar o vício, e os não-fumantes precisam a ajudá-los nessa tarefa.

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/fumantes_de_terceira_mao.html

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Como funciona uma estação de tratamento de água?

por Débora Pivotto

As estações de tratamento usam filtros e vários produtos químicos para limpar a água que sai pelas torneiras das casas. Todo esse cuidado não é pra menos. A água captada de rios ou represas vem com folhas, peixes, lodo e muitas bactérias. Para chegar às casas limpa e sem cheiro, ela passa cerca de três horas dentro de uma estação de tratamento (ETA), o que inclui fases de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor, entre outras etapas. Segundo dados do IBGE, essa superoperação de limpeza atende a maior parte da população do país: 80% dos brasileiros têm acesso à água tratada. Tão complicado quanto o tratamento é a captação de água para abastecer uma grande cidade. No estado de São Paulo, por exemplo, a rede de reservatórios conectados que abastece a capital paulista é tão grande que a água que sai das represas mais distantes pode levar até 30 dias para chegar a uma ETA da capital. No infográfico ao lado, você vê como funciona a maior das 197 ETAs de São Paulo, a de Guaraú, que fica na zona norte da capital e abastece 8,1 milhões de pessoas!

Faxina aquática
Cal, flúor e cloro são empregados na operação limpeza da ETA

1. A captação de água mais distante para abastecer a ETA de Guaraú é na represa Jaguari-Jacareí. A água passa por 48 km de túneis, por outras quatro represas e ainda por uma estação elevatória, onde é bombeada 120 m terreno acima. Assim, ela desce com grande pressão até a ETA

2. Válvulas controlam o fluxo de água que entra na estação. Ao chegar, a água vai direto para um tanque enorme, a bacia de tranqüilização, onde diminui de velocidade. A seguir, passa por grades que retêm sujeiras maiores, como folhas, galhos, troncos e até peixes

3. Na tal bacia dosadores despejam cloro na água para deixar os metais menos solúveis e para destruir microorganismos. De lá, a água vai para o canal de coagulação, onde outros dosadores liberam sulfato de alumínio para desestabilizar as partículas de sujeira

4. A etapa seguinte é a floculação. Em tanques menores, válvulas provocam uma suave turbulência na água. Com o agito, as partículas de sujeira desestabilizadas colidem umas com as outras e vão se unindo, formando flocos maiores

5. A água segue da floculação para uma espécie de grande piscina, o decantador, onde fica retida por cerca de 90 minutos. Esse é o tempo necessário para a decantação, ou seja, para os pesados flocos de sujeira descerem até o fundo da "piscina", formando um tipo de lodo

6. Em cada decantador há duas grandes pás. Com movimentos lentos, elas arrastam a sujeira afundada para o centro do decantador, onde há uma saída para um poço. A cada duas horas, o lodo acumulado no poço é bombeado para um canal de esgoto

7. A água da superfície do decantador é recolhida por canaletas e levada a dezenas de filtros verticais: a água entra por cima deles e sai por baixo. Cada filtro tem camadas de carvão, areia, pedregulho e cascalho que retêm o que resta de sujeira na água

8. A água filtrada vai para um canal onde recebe mais cloro, cal e flúor. O cloro garante que a água chegue desinfetada até a casa mais distante da ETA. A cal eleva o pH, o que impede a corrosão dos canos da rede de abastecimento. Já o flúor previne as cáries na população

9. Terminado o tratamento, a água vai para um reservatório, de onde saem adutoras - grandes tubulações - que distribuem a água para a cidade. Todo esse processo é monitorado 24 horas por dia por funcionários da ETA

Água de beber?
Mesmo com o tratamento, matar a sede direto da torneira tem seus riscos

A água que sai das ETAs é totalmente potável. Portanto, teoricamente, quem mora em cidades abastecidas com água tratada poderia matar a sede direto da torneira.
O problema é que na maioria das casas e prédios a água da rua fica em caixas-d’água que, se não forem mantidas limpas, podem contaminá-la. "Se a caixa não estiver bem fechada, pode cair sujeira e até permitir a entrada de pequenos animais como ratos", diz Simone Gonçalves, química da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A recomendação é manter a caixa-d’água bem fechada e limpá-la a cada seis meses.


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quarta-feira, 20 de maio de 2009

O que acontece quando as paredes do cólon não são sadias?

março de 2009

Acontece algo muito perigoso para a boa saúde: a mucosa se inflama e perde sua impermeabilidade, ou seja, permite que substâncias tóxicas, alguns parasitas e fragmentos de alimento não bem digeridos a atravessem e entrem nos líquidos orgânicos (o sangue e a linfa).
Tais substâncias nocivas, difundindo- se no organismo inteiro, podem gerar os sintomas mais diversos. A relação inclui enxaquecas e hemicranias crônicas, alergias, acnes, psoríase e outras doenças da pele, distúrbios da próstata, diverticulite, graves prisões de ventre, prolapsos intestinais, artrites, reumatismos, problemas cardíacos, asma, problemas respiratórios, nódulos das mamas, perda de vitalidade, cansaço, depressão, falta de concentração, agressividade, ataques de pânico, infecção, inflamações, poliartrite, problemas dos cabelos, parasitoses intestinais que produzem o bruxismo (ranger de dentes noturno) e muitos outros distúrbios.

Algumas condições responsáveis por fazer do nosso intestino o ponto inicial de tantas disfunções e doenças que, num primeiro momento, ninguém iria associar a esse órgão. Fundamentalmente, até mesmo numa pessoa sadia é possível se encontrar uma ou mais das seguintes anomalias:

1. Incrustações fecais
2. Disbiose intestinal
3. SII (síndrome do intestino irritável)
4. Síndrome de hiperpermeabilidade intestinal
5. Glúten e doença celíaca


Origem: http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/438

O QUE É FÉ?


CHAPADA DAS MESAS


(do grego: pistia e do latim: Fides[1]) é a firme
convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém.

A fé se relaciona de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguem tem fé em algo, então acredita ,confia e aposta nisso, mas se uma pessoa acredita ,confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha fé. A diferença entre eles, é que ter fé é nutrir um sentimento de afeição, ou até mesmo amor, pelo que acredita,confia e aposta.


É possível nutrir um sentimento de fé em relação a um pessoa, um objeto inanimado,uma ideologia, um pensamento filosófico, um sistema qualquer, um conjunto de regras, uma crença popular, uma base de propostas ou dogmas de uma determinada religião. A fé nem sempre é baseada em evidências físicas reconhecidas pela comunidade científica. É, geralmente,associada a experiências pessoais e pode ser compartilhada com outros através de relatos. Nesse sentido, é geralmente associada ao contexto religioso.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre


VOCÊ TEM FÉ?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Tomando anticoagulante? Não há problema em beber suco de cranberry

Anahad O'Connor
Do 'New York Times'
Já disseram que não se pode misturar anticoagulante e suco de cranberry.

A maioria das pessoas nos EUA sabe que suco de cranberry pode ajudar a reduzir o risco de infecções urinárias, pelo menos em alguns casos. Porém, em 2003, médicos descobriram o que parecia ser um efeito colateral menos benéfico.

Algumas pessoas que tomavam o popular medicamento anticoagulante varfarina reclamavam que tomar grandes quantidades de suco de cranberry parecia aumentar os efeitos da droga, causando sangramento incomum. Logo, outros relatos de complicações relacionadas à amora vieram à tona, e investigadores especularam que os componentes presentes na fruta pudessem desativar uma enzima que normalmente quebra a varfarina. Isso fez com que oficiais de saúde da Grã-Bretanha lançassem alertas.

No entanto, muitos especialistas agora suspeitam que os casos foram apenas coincidência.

Um estudo clínico realizado por pesquisadores da Universidade Tufts, por exemplo, não descobriu evidência alguma de que o suco de amora aumenta os efeitos da varfarina. Outro estudo, realizado em 2007, testou os efeitos da ingestão de 0,19kg de suco de amora por dia em pessoas que tomavam varfarina. Nenhuma evidência foi encontrada.

Jack Ansell, presidente do departamento de medicina do Lenox Hill Hospital, em Nova York, e alguns colegas, descobriram, num estudo duplo-cego e randômico, que pacientes que tomavam varfarina e bebiam até 0,22kg de suco de amora por dia não tinham riscos mais altos de sangramento, em relação aos que receberam um placebo.

"Minha recomendação aos pacientes em tratamento com varfarina é: fiquem à vontade para tomar suco de amora com moderação", disse Ansell.

Assim, parece que o suco de amora, em moderação, é seguro para pessoas em tratamento com anticoagulantes.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/

Alasca sedia concurso mundial de barba e bigode

Culto ao pêlo facial

Willi Chevalier foi o vencedor da categoria "free style" no último concurso e chega ao Alasca novamente como favorito.

Jack Passion é o atual campeão mundial de barbas, após ter vencido em 2007 a categoria "barba cheia natural", a mais concorrida.

O americano Burke Kenny foi o vencedor em 2007 das categorias "barba cheia" e "bigode estiloso".

Phil Olsen é o fundador e capitão da equipe americana. Competiu pela primeira vez em 1999, na Suécia, e já acumulou títulos como "melhor barba preta".

O alemão Elmar Weisser impressionou em 2007 com sua barba na forma da famosa ponte londrina de Tower Bridge

A criação de Franz Schani é difícil de se categorizar. Ele já foi vencedor em várias delas, como barba parcial e costeletas.


Dezenas de concorrentes de várias nacionalidades vão competir em 18 categorias, entre elas cavanhaque, barba freestyle e bigode Dalí.

O americano Toot Joslin foi consagrado campeão em 2005 na categoria "costeleta". Na última edição do concurso ele veio em quarto.


A nona edição do Campeonato Mundial de Barba e Bigode será realizada no sábado na cidade de Ancoragem, no Estado americano do Alasca.

Dezenas de homens de várias nacionalidades reúnem-se neste sábado para participar do 9º Campeonato Mundial de Barba e Bigode na cidade de Anchorage, no Estado americano do Alasca.

Os competidores vêm de países como Alemanha e Suécia, e disputam prêmios em 18 categorias, entre elas cavanhaque, barba freestyle e bigode Dalí.

Segundo os organizadores, o objetivo do concurso é "celebrar e premiar padrões de excelência no crescimento e design dos pelos faciais".

No último concurso, há dois anos, em Brighton, na Grã-Bretanha, 252 concorrentes competiram em 17 diferentes categorias.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Diretor e aeromoças de empresa aérea tiram roupa em campanha publicitária

A companhia aérea Air New Zealand lançou nesta semana uma campanha publicitária mostrando vários funcionários da empresa - entre eles o diretor executivo - praticamente nus, com o corpo coberto apenas por uma pintura.



Com a mensagem "nada a esconder", o comercial de TV mostra o diretor da empresa, Rob Fyfe, e outros sete funcionários interagindo com os passageiros, que ficam chocados ao perceber que eles estão sem roupas.
Em uma das cenas, a aeromoça aparece oferecendo bebidas a um casal. Em outra, os carregadores de malas são vistos por uma das passageiras, que se surpreende, da janela, ao perceber que eles estavam pelados.

Mais de 90 funcionários da companhia aérea participaram da campanha publicitária, mas apenas oito tiveram os corpos pintados. A pintura foi planejada por umas das mais conceituadas artistas neozelandesas, Carmel McCormick.

No vídeo, a área genital dos envolvidos fica escondida atrás de malas ou de balcões.

A campanha foi criada para divulgar promoções aéreas da Air New Zealand.

O diretor de relações públicas da empresa, Mike Tod, disse à BBC Brasil que o comercial recebeu grande publicidade ao redor do mundo, com pessoas surpresas pelo fato de os funcionários, especialmente o diretor geral da empresa, permitirem ser filmados com praticamente nada no corpo.

Segundo Tod, o vídeo, que pode ser visto no YouTube, recebeu 317 mil visitas nos últimos quatro dias e cem mil acessos apenas nesta quinta-feira.

O comercial, que até o momento não gerou grandes controvérsias, começou a ser exibido na Nova Zelandia nessa semana.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090514_airnewzealandgv_ba.shtml

"Na busca da sabedoria, o primeiro estágio é calar, o segundo ouvir, o terceiro memorizar, o quarto praticar, o quinto ensinar."Rabi Salomon Ibn Gabirol (Século XI; Espanha)

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